Os 10 melhores livros de Agatha Christie

Com mais de 60 obras publicadas, Agatha Christie (1890 – 1976), possui o recorde de autora mais traduzida perdendo apenas para a Bíblia e Shakespeare. Suas obras variam entre uma dezena de contos, peças, livros de romance policial e alguns outros de romance que escreveu sob pseudônimo, a Rainha do Crime, como é conhecida conquistou gerações.

Várias de suas obras foram adaptadas para as telas do cinema e seriados de televisão. E em dezembro de 2015 o site oficial de Agatha se propôs a realizar uma pesquisa mundial com os fãs dos livros da Rainha, demonstrando quais as obras mais aclamadas da autora. Os leitores poderiam escolher qualquer obra, e o resultado foi:

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1. E não sobrou nenhum (1939)

Um dos livros mais aclamados da Rainha do Crime e não é para menos. A obra se passa em uma ilha misteriosa, cujo novo dono MR. Owen envia um convite para dez pessoas a visitarem.

Nenhum dos convidados possui muita certeza do porquê está ali, o convite vem de um amigo distante, um velho conhecido, alguém do passado. No entanto, na primeira noite na ilha o primeiro assassinato acontece. Todos se tornam suspeitos, qualquer um pode ser o culpado.

Figurado em uma ilha deserta, o livro foi eleito o melhor romance policial de todos os tempos. Somente a mente engenhosa de Agatha Christie poderia bolar algo assim. Anteriormente o livro havia sido publicado com o título o Caso dos Dez Negrinhos, mas foi atualizado seguindo novas políticas. O título pode ser encontrado em formato de livro e de quadrinhos*.

2. Assassinato no Expresso do Oriente (1934)

Situado em um trem fechado, apenas Agatha Christie conseguiria desenvolver um enredo com um desfecho tão surpreende. No livro acompanhamos a brilhante atuação do detetive Hercule Poirot, o qual veio a ser um dos personagens mais amados da Rainha do Crime.

O cheio de manias, detetive Belga, recebe um telegrama solicitando seu retorno a Londres imediatamente, para isso o investigador precisa embarcar no famoso Expresso do Oriente. No entanto, o trem está inexplicavelmente cheio para a época do ano, mas como Poirot é um grande amigo do dono, sua ida é arranjada, mudando completamente os planos de todos.

Pouco tempo após o trem parar devido a um excesso de neve, o corpo de um passageiro é encontrado e só resta a Poirot investigar esse assassinato. Cheio de emoções e reviravoltas, o livro manterá os fãs eletrizados em cada página. Não à toa, foi adaptado várias vezes para os cinemas. É possível encontrá-lo em formato de quadrinhos*.

3. O assassinato de Roger Ackroyd (1926)

No enredo somos presenteados novamente com uma solução incrível do detetive Poirot, desfrutando de umas merecidas férias, o investigador é solicitado a ajudar no caso da morte de Roger Ackroyd, o qual foi esfaqueado com uma rara adaga de sua coleção particular.

Em um ambiente cheio de intrigas e mortes sequenciais, mas aparentemente naturais, a morte de Roger se destaca pelo método utilizado. Ao decorrer da trama cada personagem vira suspeito e o leitor não sabe mais em quem acreditar, a trama perfeita de Agatha Christie.

A obra é um dos mais famosos livros da Rainha, apresentando o retorno de Poirot ao mundo das investigações. Nele, Poirot consegue mais uma vez provar que a chave para desvendar o crime sempre reside no motivo.

4. Morte no Nilo (1937)

Nada melhor para relaxar do que um cruzeiro de luxo, certo? Não, para Linnet Doyle, a bela milionária que é encontrada morta na sua cabine no cruzeiro. As margens do Rio Nilo, Poirot se mostra mais uma vez brilhante com suas deduções e atenção aos detalhes que ninguém mais vê.

O livro convida o leitor a “usar suas células cinzentas” e desvendar o que poderia ter instigado a morte da jovem que não parecia ter desavença com ninguém ali. Agatha escreveu esse livro em uma das viagens em que acompanhou o marido ao Egito.

Entre intrigas, mentiras e muitos suspeitos, a obra foi adaptada para os cinemas. O livro que é um dos mistérios mais instigantes da autora, pode ser encontrado também em forma de quadrinhos*.

5. Os crimes ABC (1936)

Nesse livro, Agatha nos presenteia com alguns dos crimes mais macabros que ela já escreveu, um duelo entre um assassino engenhoso e o brilhante Poirot. O criminoso é tão confiante que manda uma carta para Poirot com data e local do crime, mas assinada somente com “ABC”.

Após uma série de investigações, Poirot consegue apenas uma pista, o fato de que o assassino mata em ordem alfabética. Descoberto isso, o detetive terá que se empenhar mais do que em qualquer momento da sua carreira para descobrir quem é o assassino e impedi-lo de seguir adiante no alfabeto.

A técnica utilizada por Agatha nesse livro de escrever nomes de personagens com as iniciais com as mesmas letras, como Alice Ascher, foi amplamente implementada no mundo dos livros, sendo copiada por diversos autores, inclusive, na atualidade.

6. Convite para um homicídio (1950)

Imagine o cenário em que todos recebem um convite para um homicídio que será realizado na data e local indicados, parece brincadeira não é mesmo? Mas não é. Em Chipping Cleghorn nada acontece, é somente mais uma cidadezinha pacata.

Até que em um dia o jornal local convida todos para um homicídio que acontecerá na casa de Letitia Blacklock, sem nada de mais interessante na cidade, todos comparecem. Em determinamo momento as luzes se apagam e tiros são disparados, levando uma pessoa a ser assassinada. Mas quem poderia ter orquestrado isso? É o que Miss Marple vai resolver.

A obra é 50º livro de Agatha Christie, nos presenteando com uma maravilhosa história da detetive mais mexeriqueira e amada dos leitores, Miss Marple. É incrível o que a adorável senhora pode descobrir somente ouvindo as suas amadas fofoquinhas.

7. A testemunha ocular do crime (1957)

Um dos crimes mais engenhosos de Agatha Christie, na obra Elspeth McGillicuddy vê um crime sendo cometido no exato momento em que dois trens se cruzam, um homem estrangulando uma mulher.

Mas quando vai tentar reportar o acontecimento, descobre que ninguém acredita nela, já que nenhum passageiro do trem estava desaparecido e nenhum corpo foi encontrado. Cansada de ser desacreditada e tendo certeza do que viu, Elspeth acaba sendo ajudada por ninguém menos que Miss Maple, a qual por sua vez chama a jovem empregada Lucy Eyelesbarrow.

Ao que tudo indica, a família Crackenthorpe está no centro de tudo e é para lá que Lucy é enviada. As cartas estão na mesa, agora cabe a Miss Marple desvendar se houve um crime, como ocorreu, por que aconteceu e principalmente, onde está o corpo. O livro já teve o título de “O estranho caso da velha curiosa” na época em que era publicado pela editora cortesia de LiVros do Brasil.

8. Morte na Praia (1941)

Complexo e intrigante até a última página, em Morte na Praia parece que mais uma vez os mistérios seguirão Poirot. O detetive belga queria apenas descansar no maravilhoso hotel de luxo Jolly Roger, no entanto, ao avistar a atriz Arlena Stuart e observar como todos a olham, Poirot tem a terrível sensação de que um crime está prestes a acontecer.

A intuição do detetive se confirma quando o corpo aparece no dia seguinte e com ele se vão as maravilhosas férias e descansos do brilhante investigador. Quando começa a analisar os fatos e avaliar o álibi de cada um, Poirot percebe que esse caso será difícil, pois todos ali tinham motivos para cometer o crime.

9. Os cinco porquinhos (1942)

Poroit sempre foi um notório compreensivo do espírito humano, e nesse livro ele precisará usar todos os seus conhecimentos para desvendar um crime que ocorreu 16 anos atrás. Nenhuma prova física sobreviveu ao tempo, apenas os relatos e o aspecto psicológico da trama.

E é com eles que o detetive belga e o leitor terão que lidar para desvendar o crime que ocorreu na residência dos Crale tantos anos atrás. Carolina Crale foi condenada a prisão perpétua e submetida a trabalhos forçados por um crime que alega não ter cometido. Quando sua filha Carla Lemarchant pede ajuda de Poirot para descobrir o que se passou anos atrás, o detetive fica intrigado com vários aspectos do enredo e resolve ajudá-la.

Ao entrevistar as cinco testemunhas do crime, Poirot começa a perceber que nenhuma delas poderia ter cometido o assassinato, mas será mesmo? Repleto de sutilezas e nuances de sentimentos humanos, o leitor terá que se atentar aos mínimos detalhes se quiser desvendar o criminoso com o detetive sagaz.

10. Cai o pano (1975)

Na obra os leitores dão adeus ao detetive Hercule Poirot mais amado de todos os tempos, mas não sem antes este resolver mais um caso, o último caso de sua carreira. O enredo se passa na Mansão styles, palco do primeiro livro de Agatha escrito em 1920, o Misterioso Caso de Styles.

Atualmente o local virou uma hospedaria, onde Poirot se encontra com seu fiel e amado amigo, o capitão Hastings. Poirot já está com idade avançada, mas suas células cinzentas continuam funcionando perfeitamente bem, e ele precisará de toda sua engenhosidade para descobrir quem é o assassino X.

O que era para ser só uma estádia de descanso, leva a dupla a investigar crimes do passado e relacionar cinco casos de assassinatos abertos, jamais resolvidos, Poirot têm a certeza que um dos hóspedes é o culpado, e antes de finalizar a carreira encontrará o assassino.

Guardado em um cofre durante a ocorrência da Segunda Guerra mundia, o livro só foi publicado em 1975, é o desfecho para um dos mais aclamados detetives dos enredos policiais. O livro pela editora Harper Collins recebeu a tradução da escritora Clarice Lispector.

O livro foi o último do detetive e também o último publicado pela autora em vida, uma despedida da Rainha do Crime para seus ávidos leitores. Na data da morte de Poirot, o New York Times publicou seu obituário e foto na primeira página.

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